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As runas são letras características, usadas para escrever nas línguas germânicas da Europa do Norte, sobretudo Escandinávia, ilhas Britânicas e Alemanha (regiões habitadas pelos povos germânicos) desde o século II ao XI. Tais caracteres têm sido encontrados em pedras rúnicas, e em menor número em ossos e peças de madeira, assim como em pergaminhos e placas metálicas.
As inscrições rúnicas mais antigas datam de cerca do ano 150. O alfabeto rúnico foi sucessivamente substituído pelo alfabeto latino, com o avanço do cristianismo na Europa Central, no século VI, e na Escandinávia, no século XI. O alfabeto rúnico germânico primitivo tinha 24 runas, e era usado nas atuais Alemanha, Dinamarca e Suécia, desde a época inicial. A lista ordenada das runas é conhecida como Futhark antigo (devido às suas primeiras seis letras serem 'F', 'U' 'Th', 'A', 'R', e 'K' - ᚠᚢᚦᚨᚱᚴ), e foi usada até à Idade Média.
Na Escandinávia - Dinamarca, Suécia e Noruega, as inscrições mais antigas que se conhecem, usavam esses 24 caracteres, tendo todavia esse alfabeto inicial sido sucessivamente reduzido a apenas 16 caracteres — o Futhark recente, também conhecido como "runas escandinavas".
A versão anglo-saxónica, com 28 caracteres, é conhecida como Futhorc (um nome também com origem nas primeiras letras deste alfabeto).
Contudo, o uso de runas persistiu para propósitos especializados, principalmente na província histórica sueca de Dalarna até ao início do século XIX (usado principalmente para decoração e em calendários rúnicos). Além do alfabeto, a cultura germânica antiga possuía um calendário rúnico, cujo ano se iniciava no dia 23 de junho, representado pela runa Feob.[carece de fontes?]